sábado, 27 de fevereiro de 2010

Terapias Complementares

As práticas complementares de saúde são muito benéficas para a saúde das PVHA e podem ser utilizadas junto com a terapia antirretroviral, sempre vistos como uma ação adicional, não podendo nunca substituir os medicamentos ARV.

Não há receitas ou fórmulas milagrosas para tratar a aids. Todos os tratamentos complementares são individualizados, levam em consideração a pessoa como um todo, avaliam o estado físico e emocional para determinar a conduta terapêutica e devem ser realizados por profissionais de saúde devidamente capacitados.

Aqui se incluem a acupuntura, a homeopatia, as ervas medicinais, massagens, como o shiatsu e a reflexologia, as práticas físicas, como o yoga e o tai chi chuan, para mencionar algumas.

A Acupuntura, por exemplo, vem sendo muito utilizada para auxiliar no tratamento dos efeitos colaterais, como enjôos, náuseas, vômitos, dores em geral.

Muitas destas terapias estão disponíveis no SUS, fazem parte da Política nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e podem ser encontradas em vários serviços de saúde no país.

É importante mencionar que algumas ervas medicinais ou complementos alimentares muito utilizados, muitas vezes sem indicação médica, ainda que naturais, NÃO DEVEM SER USADOS junto com a medicação antirretroviral.

São exemplos: a Erva de São João (Hipérico), usada para estados depressivos leves e moderados, o Kava Kava indicado para os casos de ansiedade e agitação, a Equinácea que melhora o desempenho do sistema imunológico e o óleo de alho, que ajuda no bom funcionamento do sistema de defesa.

Essas ervas competem com alguns medicamentos antirretrovirais no seu metabolismo no fígado, fazendo com que a concentração dos remédios seja reduzida no sangue, comprometendo o bom andamento do tratamento e podendo inclusive levar à resistência do vírus aos ARV.

O alho ao natural pode ser usado normalmente na alimentação, pois tem propriedades antibióticas, antivirais e antifúngicas, além ajudar a prevenir a hipertensão e o colesterol alto. O que deve ser evitado são as cápsulas de óleo de alho concentrado.

Por isso, todos os tratamentos complementares devem ser indicados por profissionais e levados ao conhecimento do médico que faz o acompanhamento do paciente em tratamento de HIV e aids.

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