sábado, 27 de fevereiro de 2010

Medicamentos anti-aids


Desde o surgimento da aids, a busca e o investimento em pesquisas e novos medicamentos resultam em opções e esquemas de tratamento menos complexos e tóxicos, melhorando significativamente a vida dos soropositivos.
Os medicamentos antiaids dificultam a multiplicação do vírus HIV no organismo, preservando assim as células de defesa do sistema imunológico e adiando o início dos sintomas da doença. O tratamento não elimina o HIV.

Acesso aos medicamentos

Em novembro de 1996, foi promulgada a lei que permite acesso gratuito a todos os que necessitarem de medicamentos antirretrovirais.
Os 16 antirretrovirais disponíveis atualmente são distribuídos pelo Ministério da Saúde e as orientações para seu uso, baseadas em discussões técnicas com especialistas da área, são definidas pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

Antirretrovirais

Os medicamentos antirretrovirais impedem a multiplicação do vírus HIV no organismo, em várias etapas de sua reprodução. O coquetel é uma combinação de drogas que juntas evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. Com isso, reduz o aparecimento de infecções por doenças oportunistas (aquelas que se aproveitam de um sistema de defesa debilitado para ocorrer).
Somente o profissional da saúde que acompanha o soropositivo pode determinar quando o tratamento deve começar. Essa decisão é baseada a partir das análises dos exames de controle (CD4 e carga viral) e do quadro clínico do paciente.
Por ser complexo, o tratamento antirretroviral requer acompanhamento médico para acompanhar as adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em sue seguimento, também chamada de adesão. Por isso, é fundamental manter o diálogo, compreender todo o esquema de tratamento e esclarecer todas as dúvidas.
Os demais profissionais da equipe envolvidos no atendimento também tem papel fundamental no tratamento e seu seguimento, como psicólogo, assistente social e nutricionista, eles irão ajudar a lidar com as dificuldades do tratamento e encontrar soluções enfrentá-las.
A rede pública de saúde dispõe dos Serviços de Assistência Especializada (SAE) aos portadores do HIV, que além de ofertar os medicamentos antirretrovirais, contam com equipe multidisciplinar. Os interessados devem procurar um SAE próximo às suas residências.

Efeitos colaterais

Apesar de aumentar a expectativa de vida dos soropositivos, os antirretrovirais causam efeitos colaterais. Em geral, ocorrem logo no início do tratamento e na maioria dos casos, desaparecem ou são atenuados após o primeiro mês de uso do medicamento. Entre os mais frequentes, encontram-se: diarréia, vômitos, náuseas e manchas avermelhadas pelo corpo - conhecidas como rash cutâneo.
Praticar alguma atividade física são cuidar da alimentação alguns dos meios de atenuar ou até eliminar alguns desses efeitos. Esclarecer todas as dúvidas e informar o médico de toda alteração no organismo durante a consulta médica periódica é fundamental. Mas não se deve abandonar o tratamento, pois suas consequências serão mais graves.
Há pessoas, entretanto, que não sentem nenhum desses efeitos, o que pode estar relacionado com características pessoais e circunstanciais.
Além desses efeitos colaterais citados, que em geral vão melhorando com o passar do tempo, o tratamento antirretroviral pode levar ao aparecimento da lipodistrofia, que é uma síndrome composta por vários sinais e sintomas.
A Sindrome Lipodistrófica ou Lipodistrofia ocasiona mudanças na distribuição de gordura do corpo e no metabolismo. Ainda não se sabe exatamente como aparece, mas sem dúvida está relacionada ao uso de alguns medicamentos antirretrovirais por tempo prolongado, e também ao próprio HIV e à constituição individual. Existem pessoas que nunca tomaram antirretrovirais e tem sinais de lipodistrofia.
As mudanças na distribuição da gordura do corpo na lipodistrofia ocorrem pela perda periférica e acúmulo central, ou seja, diminui a gordura da face, glúteos, pernas e braços e/ou aumenta a gordura no abdômen, costas, pescoço e mamas. São chamadas de alterações corporais.
Também podem ocorrer mudanças nas gorduras (colesterol e triglicérides) e no açúcar (glicose) do sangue. São chamadas de alterações metabólicas, que podem levar ao aumento do risco de apresentar doenças do coração e ao aparecimento do diabetes.
É importante ressaltar que o uso de remédios para combater qualquer efeito colateral tem que ser discutido com o médico, que está apto a indicar a medicação correta para cada caso ou fazer a troca de algum antirretroviral, se for o caso.

Uso com outros medicamentos

Todos os indivíduos que tomam o coquetel devem ter muito cuidado ao usar qualquer outro medicamento. Pode haver uma série de interações entre os medicamentos antirretrovirais (ARV) e vários remédios, inclusive os naturais (ervas medicinais), que podem causar reações perigosas ao organismo ou até mesmo diminuir o efeito do tratamento contra a aids.
Aqui se incluem alguns remédios como alguns antibióticos e ervas medicinais, como a Erva de São João (Hipérico), Equinácea, Kava Kava e até mesmo o óleo de alho em cápsulas.
É preciso manter um diálogo contínuo com a equipe de saúde que faz o acompanhamento médico, para que todas as medidas necessárias para um bom tratamento sejam tomadas. Tomar qualquer medicamento sem orientação médica deve ser evitado sempre!


Fonte: http://www.aids.gov.br/

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