sábado, 27 de fevereiro de 2010

Malária reduz 13% no último ano na Capital

O número de casos de malária reduziu 13% em Porto Velho em 2009 comparado com 2008, como apurou o Diário da Amazônia.Foram 23.619 casos registrados em 2008 contra 20.587 do ano passado, segundo os dados do Ministério da Saúde. Nestes últimos dois anos foram registradas cinco mortes, duas somente no ano passado. A principal baixa, observada pelo Diário, foi na malária maligna, causada pelo Plasmodium falciparum que de 2008 para 2009 teve 39%. Já em janeiro deste ano já foram contabilizados 1.236 casos da doença. Em relação ao mesmo mês de 2009 a queda chegou a 33%.

De acordo com a coordenadora do departamento de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Rute Bessa, a redução foi uma surpresa importante. “No cenário em que vivemos a tendência era aumentar, duas usinas estão sendo construída na nossa região, temos um crescimento populacional, teoricamente a incidência da doença era para explodir, contudo conseguimos controlar o vetor”, disse ela ao Diário. Outro fator que poderia influenciar em uma alta da doença é as constantes chuvas. “Neste período existe seus prós e contras, enquanto em um lado a chuva mata a larva da malária, onde não está chovendo ela pode se proliferar”, contou.
A baixa nos casos da malária, segundo Bessa, pode ser creditada a um trabalho de prevenção e planejamento. Ações de combate ao vetor com equipes de saúde fazendo visitação nas residências para o controle vetorial, borrifação na área onde há incidência de casos, otimização da rede de diagnóstico e tratamento, e ainda aperfeiçoamento na logística de distribuição dos medicamentos foram mencionados pela coordenadora da Semusa.

Ações conjuntas

Em ações conjuntas com a Santo Antonio Energia recentemente foram entregues 14 mil mosquiteiros impregnados, cortinados embebidos com uma substância química chamada de permetrina, um produto de longa duração, para as comunidades dos distritos do Baixo Madeira e assentamento Joana Darc, segundo informado ao Diário da Amazônia. Os mosquiteiros foram avaliados em R$ 300 mil, o que totaliza o valor de 2 milhões investidos no combate a malária pelo programa de saúde pública da empresa.

Apesar da queda da doença nos últimos anos, em quatros anos (2006 a 2009) foram registradas 111.996 casos de malária na Capital, conforme verificado pelo Diário e de acordo com Bessa a região mais critica é Jacy-Paraná. “Naquela localidade sempre tivemos um alto número, mesmo antes da construção dos empreendimentos, mas em todo o município de Porto Velho a incidência do mosquito é grande, devido à floresta ser o habitat do vetor”, afirmou.

Fonte: Diário da Amazônia
Repórter: Rafael Abreu
Foto: Roni Carvalho

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